Colaboração gera gentileza

Sabe aquele velha prática de pedir uma xícara de açúcar para um vizinho quando falta o ingrediente bem na hora de fazer uma receita? Pois bem, agora imagine isso ampliado para dezenas pessoas do seu bairro por meio de uma plataforma digital. Essa é a ideia do Tem Açúcar?, um site de empréstimos e doações entre vizinhos.

temacucar

Seguindo a ideia de colaboração, também existe o Impossible, que estimula desconhecidos ajudarem entre si, sem receber nada em troca. Basta descrever suas habilidades, postar no que você precisa de uma mãozinha e esperar alguém se oferecer.

impossib

Em alguns outros sites gringos, como o Streetbanks, o Peerby e o NeighborGoods, o empréstimo e compartilhamento entre as pessoas também é realizado sem a intenção de lucro.

Essas plataformas podem ser consideradas um perfeito exemplo da Economia Colaborativa em prática. Facilitada pela acessibilidade e inclusão das mídias digitais, essa forma de economia valoriza a relação humana, a socialização e a experiência, ao invés do consumo, do lucro e da competição. De acordo com essa cadeia de valor, não é mais necessário a posse individual do objeto para ter acesso a ele, pondo fim ao acúmulo material e priorizando a troca.

Para o especialista em internet Clay Shirky, o que a as mídias digitais fizeram foi permitir que pessoas antes meras consumidoras agreguem valor umas às outras no cotidiano.

Em uma palestra do TED, a empresária Lisa Ganksy afirma que o futuro dos negócios é o compartilhamento. Segundo Lisa, o surgimento da Economia Colaborativa só foi possível por causa da combinação de três fatores: nossa habilidade de nos conectarmos uns aos outros, o mundo cada vez mais mobile. e o fato das coisas físicas estarem legíveis em mapas online. Assim, com a colaboração reduzimos nossos custos e somos capazes de reavaliar o consumismo e certos valores que damos aos bens materiais, além de aproveitar melhor as coisas que compramos.